30 de agosto de 2015

FOREVER YOUNG, BOB DYLAN VIROU LIVRO

Sabe aquele canção que você ama e que faz parte da trilha sonora da sua vida? Bob Dylan faz parte da minha vida e de alguns pais, mães, avós e avôs que conheço. A novidade é que ela virou livro e você pode apresentar a "música de adulto e de antigamente" para seus pequenos.
Bob Dylan fez parte da minha infância, era o som que meu tio tocava no fim da tarde com gaita e violão, era a música que estava no toca-fitas do carro para viajar... bem estava presente e quando vi que virou livro resolvi presentear minha filha com um pedacinho da minha história e nem preciso dizer que ela amou a magia de ver a música que a mamãe ouvia quando pequena no livro dela.

                                                     Livro: Forever Young
                                                                       Ilustração: Paul Rogers
                                                                       Escritor: Bob Dylan
                                                                       Editora: Martins Fontes

Mas chega de lero-lero e vamos ao que interessa: o livro! A canção que Bob Dylan fez para seu filho foi lindamente ilustrada por Paul Rogers que conseguiu criar o clima da música "Forever Young" a cada página e mostar a música como talvez nunca pensássemos, porque na realidade, além da música, ele ilustrou a vida do Bob Dylan, uma biografia de imagens embalada pela canção. O melhor de tudo é que ná útlima página ele explica cada ilustração e indica outras músicas do Bob Dylan. Uma obra-prima!!! Outro ponto positivo para nós é que o livro é bilingue, o que é maravilhoso para as crianças que já estão fazendo inglês.

                                                                   Notas do ilustrador.

Os que não conhecem Bob Dylan é um bom momento para conhecer na boa companhia de uma criança. Para os professores só digo que dá pano para manga... imagina uma autobiografia dos seus alunos ilustradas e com letra de uma música. Cada um fazendo a sua, pesquisando sua história e escrevendo seu livro. Outro aspecto explorável do livro é o estilo músical, conhecer o que deu origem ao que é ampliar a visão de mundo e oferecer diversidade cultural para eles, imagina um festival de história da música... e sem contar o fato de trabalhar o incentivo ao outro e o desapego inspirado na tradição country de dar um violão como prova de amizade e admiração. Vamos fazer nossos alunos se conhecerem melhor e doar algo para o outro que pode contribuir para seu desenvolvimento. O que é maravilhoso no livro são as possibilidades das diferentes disciplinas dialogarem, confira em algumas imagens:




25 de agosto de 2015

FAVELA: HISTÓRIA, ORGULHO E IDENTIDADE.

Essa aula surgiu da dificuldade em que as pessoas tinham em falar FAVELA para se referir ao local que trabalhavam e moravam. Então resolvemos conhecer um pouco sobre essa história. Assim trabalhamos identidade, moradia e comunidade mergulhando no universo das crianças. Nossos alunos residem em uma favela da zona norte carioca e nada mais interessante do que deixar o cotidiano deles entrarem para sala de aula.
Iniciamos convidando as crianças para saírem da creche. Do lado de fora foi contada a história do livro Esta é minha casa de Ana Maria Machado. Após leitura do livro e um debate curto, porque eles estavam preocupados em olhar o que tinha do lado de fora, partimos para dar uma espiada panorâmica e um passeio pelas proximidades da creche. Vimos tudo o que eles quiseram mostrar e quando voltamos para sala de aula mostramos fotografias e pinturas de diferentes favelas para todos. Assim eles puderam observar outras favelas, e perceber diferenças e semelhanças entre elas. Também foram sensibilizados olhares para formas geométricas que encontravam nas artes, antes mesmo de apresentá-las.



Em seguida as crianças foram questionadas o que eles achavam que era favela. Alguns se entre olharam e não responderam, outros diziam que era o morro. Enfim, contamos a eles a história do nome FAVELA de forma dramatizada e com imagens. A curiosidade após a descoberta da árvore Favela foi maravilhosa. Como a medida que a história surgia a sala ficava recheada de imagens, principalmente da árvore, eles puderam observar as folhas, troncos e frutos dela. Depois de muito observar os pequenos foram convidados a tocar na terra, plantar e depois construir uma árvore de Favela. 





Também trouxemos o universo das casas, durante o passeio e nas obras de arte apresentadas eles foram convidados a observarem as casas, muitos mostraram as casas que moravam e fizemos diferentes técnicas para construirmos nossas casas, com muitos vizinhos e trabalhamos muita matemática nesses dias.





Após a árvore e casas prontas, voltamos ao diálogo de que assim surgiu o nome do local que eles moravam, de uma linda árvore e aos pés da nossa Favela montamos uma favela bem parecida com a favela que eles moram.



O diverdito nisso tudo e essencial é ver as crianças ampliando a visão de mundo de forma dialógica e positivada na construção a suas identidades. Lindo, lindo eles levando para fora da sala de aula os conhecimentos deles, explicando o mural e "ensinando" aos seus responsáveis terem orgulho do nome favela. 
Tudo isso dialogando com várias áreas de conhecimentos, sem que eles notassem conheceram formas geométricas, partes das plantas, letramento, artes. 




22 de agosto de 2015

ARNALDO ANTUNES PARA MENORES!

                                                             Livro: Cultura
                                                             Escritor: Arnaldo Antunes
                                                             Ilustrador: Thiago Lopes
                                                             Editora: Iluminuras

Uma poesia que virou música ou uma música que é poesia? Ah!!!! Pouco importa isso, o elementar é que de repente virou livro infantil!!!!

O livro Cultura é uma delícia para ler por ler, para adulto e criança lerem sozinhos ou para ler para criança. Uma literatura sobre pontos de vista, que mostra diferentes formas de ver as coisas. Arnaldo Antunes brinca com as palavras – o que sempre faz com grande maestria - e as ressignificam dentro de contextos inesperados. Na realidade uma grande brincadeira com nossa língua e nossos olhares para o que está naturalizado e de quebra conta com as excelentes ilustrações de Thiago Lopes que é um facilitador para nos encontrarmos com a essência do livro.